O Brasil possui três regimes de tributação: Lucro Presumido, Lucro Real e Simples Nacional. Na disputa Lucro Presumido vs Lucro Real, qual será que leva a melhor?
O Simples Nacional é um regime de tributação disponível apenas para microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs).
Esse é o regime de tributação com o maior número de vantagens para os empreendimentos que preenchem os seus requisitos, como por exemplo, a atribuição de menor carga tributária.
No entanto, as empresas que não se adequam às características de negócio do Simples Nacional devem verificar se podem entrar no regime de tributação do Lucro Presumido ou do Lucro Real.
Vale lembrar que o planejamento tributário é extremamente importante na hora da abertura da empresa. Uma assessoria contábil personalizada pode ajudar a escolher o melhor regime e, com isso, diminuir as altas cargas tributárias.
Nesse texto vamos explicar:
- As principais vantagens dos regimes;
- As obrigatoriedades de adesão.
Lucro Presumido vs Lucro Real
Para poder compreender o melhor regime de tributação para o seu negócio, primeiro é necessário entender as diferenças de cada uma das tributações.
Lucro Presumido
Como o próprio nome aponta, o Lucro Presumido diz respeito a uma margem de lucro presumida do empreendimento. Consequentemente, ela pode não corresponder à realidade do negócio.
Você deve estar se perguntando: como essa margem de lucro é calculada?
Isso muda de acordo com o tipo de serviço ou produto que a empresa oferece. Por exemplo: empreendimentos que lidam com serviços que exigem formação técnica ou profissional têm impostos que incidem sobre 32% do faturamento.
Já em empresas com atividades não especificadas que não sejam prestação de serviços, o imposto chega a 8% do faturamento.
Depois do Simples Nacional, o Lucro Presumido é o regime de tributação mais escolhido. Isso acontece devido às baixas alíquotas mensais e à taxação de apenas parte do faturamento.
Como a margem de lucro nem sempre corresponde à realidade da empresa, muitas vezes o valor dos impostos é menor do que o lucro real do negócio.
Contudo, essa mesma vantagem pode se tornar uma desvantagem quando a empresa paga impostos a mais, nos casos em que a margem de lucro é menor do que a estabelecida na legislação.
Empresas com faturamento anual inferior a R$ 78 milhões que não estejam enquadradas nas obrigatoriedades do lucro real podem aderir ao regime.
Lucro Real
Os empreendimentos que são obrigados por lei a aderir ao Lucro Real são negócios com receita bruta acima de R$ 78 milhões e/ou que atendam aos seguintes requisitos:
- Empresas do setor financeiro;
- Negócios que obtêm lucros, rendimentos ou ganhos vindos diretamente do exterior;
- Empreendimentos da área de factoring;
- Organizações que possuem benefícios fiscais de redução ou isenção de imposto.
Dentre os três regimes, o Lucro Real é o mais complexo. Como o próprio nome indica, ele é calculado com base no lucro real da empresa: o lucro líquido.
Essa complexidade se dá por conta da burocracia na gestão de documentos e uma necessidade de controle contábil ainda mais rigoroso. Além disso, o Lucro Real exige um volume maior de obrigações acessórias.
Porém, este é um regime de tributação mais justo, já que leva em consideração a situação real da empresa para realizar o cálculo dos impostos.
Qual é o mais vantajoso para o meu negócio?
Algumas empresas possuem obrigatoriedades de adesão a um regime específico por conta das especificidades do negócio. Nesses casos, não é possível escolher um regime específico.
Todavia, existem algumas empresas que podem escolher dentre os dois regimes. Nessas situações, fica a dúvida: qual é o mais vantajoso para o meu negócio?
A dica mais assertiva é a consulta com uma assessoria contábil personalizada. Por quê?
Porque o profissional de contabilidade possui conhecimentos específicos de planejamento tributário que podem ajudar a tomar escolhas mais inteligentes, de acordo com cada tipo de situação.
Além de ajudar na implementação do regime, ele consegue auxiliar na gestão do negócio, evitando danos e prejuízos que a falta de conhecimento pode acabar gerando. Afinal de contas, o contador possui a prática e a expertise da rotina de obrigações que devem ser realizadas.
Uma assessoria contábil de qualidade deve estar antenada com as principais atualizações da legislação tributária. Assim, estarão sempre preparados para ajudar você a impulsionar os seus resultados e evitar danos ao seu patrimônio!